“Fiquei chocado.” Essa foi a reação de George “gcchelsea” Cleaver depois de se classificar em segundo lugar para a Final Regional do Resto do Mundo do FIFA Ultimate Team Championship Series.
O jogador, nascido em Warwick, na Inglaterra, explicou que nunca tinha imaginado que fosse capaz de se classificar, muito menos como o segundo melhor jogador na região. “No começo do ano, não achei que fosse chegar a nenhuma das finais, para ser franco”, ele admitiu. “Eu disse, 'É, vou simplesmente jogar. Meu jogo dá para o gasto.'”
"Dar para o gasto" pode ser pouco. Gcchelsea acumulou 140 vitórias e 20 derrotas na Weekend League de novembro. Nada mau para um jogador que, apesar de ter aproveitado o FIFA casualmente por mais de 10 anos, só se tornou um competidor sério nos últimos dois.
Gcchelsea cresceu na Inglaterra até se mudar para a Austrália com 8 anos. Com isso, ele acompanhou, jogou e respirou futebol desde muito novo. Foi seu amor pelo esporte mais bonito que fazia Gcchelsea calçar as chuteiras até cinco vezes por semana, até que uma contusão devastadora no joelho mandou o volante para a mesa de cirurgia há cinco anos. “Fiquei de molho por nove meses”, ele lembra.
Enquanto se recuperava, ele mal podia esperar para voltar à ação. “Daí, no primeiro dia de volta ao campo, me contundi de novo.” Isso o levou ao hospital para uma segunda cirurgia e mais um longo período fora de campo. Finalmente, totalmente recuperado, Gcchelsea voltou a jogar por alguns anos sem problemas, até precisar de uma terceira cirurgia de reconstrução do joelho em 2016.
Apesar das contusões, Gcchelsea considera esses períodos de recuperação essenciais para sua carreira competitiva de FIFA. Neles, ele teve muito tempo para aprimorar sua habilidade com o controle. “Tive muito tempo para jogar. Provavelmente foi aí que fiz grandes melhoras no meu jogo. É como qualquer outra coisa. Você se esforça e é recompensado.”
Pouco depois da última contusão, ele percebeu que suas habilidades de FIFA eram demais para seus amigos. Era hora de procurar um desafio novo e maior. “Sempre pensei em jogar competitivamente, mas o FUT Champions foi mesmo o estopim. Ele dá muito incentivo para jogar.”
Gcchelsea conquistou um sucesso imediato na Weekend League do FUT Champions em outubro, e esse desempenho o deixou confiante o bastante para tentar se classificar para Sydney. “Antes do mês de classificação, eu só pensava, ‘Vamos ver como me saio.’ Não fazia ideia de como ia ser, mas daí fiquei muito feliz por terminar em segundo no primeiro mês. Daí percebi que o segundo mês era classificatório para a Final Regional, então pensei ‘sou bom, eu deveria aparecer’, daí terminei em segundo de novo e entrei.”
Fazer sua estreia em competições ao vivo em casa traz uma mistura de sentimentos para Gcchelsea. “Mal posso esperar. Estou nervoso e empolgado. É uma grande oportunidade.” Ele planeja aproveitar cada momento. “Quanto aos jogos, tudo que dá pra fazer é enfrentar um de cada vez.”
Graças ao excelente desempenho na campanha de classificação, há quem veja Gcchelsea como um potencial azarão em Sydney, um jogador que pode continuar surpreendendo e se tornar favorito para levantar a taça. Mas Gcchelsea dispensa essas considerações. “Não gostaria de me ver como favorito. Tem mais pressão. Os favoritos nem sempre se dão bem. Não tenho expectativa quanto ao meu desempenho.”
Ao relembrar sua ascensão meteórica no circuito competitivo do FIFA, ele tem um conselho para outros jogadores que querem tentar jogar competitivamente. “Experimente. Você só pode fazer seu melhor e talvez consiga. Mas não vai saber sem tentar. Você só precisa seguir em frente.”
Gcchelsea seguiu em frente e agora está muito perto de uma oportunidade que pode mudar sua vida: seguir a carreira de jogador profissional de FIFA. “Seria um trabalho dos sonhos. É o que eu mais curto fazer, então se conseguir deixar isso mais sério, seria perfeito.”
Veja toda a ação de Sydney em 10 de fevereiro de 2017, às 20h BRST, no FUTchampions.com/Live.